14 de dez. de 2013

Ou eu seria torcedora dos Yankees ou meu pai não me consideraria como filha

Hoje é quinta, e quinta costumava ser meus dias favoritos. Estou muito feliz, porque os últimos dias foram maravilhosos, tirando a parte que o Logan me atrapalhou de ver a Miley e tirando a parte que o papai falou aquelas coisas horríveis da Miley.
 Saber que a Demi é torcedora do Yankees foi o ponto alto da minha semana e saber que alem da Selena, eu tenho mais uma amiga. Porque tecnicamente Demi é minha amiga, ela mesma falou. Depois que o Yankees venceu o Red Sox, mamãe chamou a Demi para comemorar lá em casa, ela disse que não poderia ir, mas disse que na próxima vez ela iria, já que “adoraria conhecer a sua casa, afinal somos amigas”, isso foi as palavras dela.
 Paro assim que me vejo em frente aqueles portões azuis, não queria esta ali, ou queria? Olhei em volta e não vi ninguém, apenas algumas pessoas, passando apresadas sem perceber que uma mulher que acabou de sair de um sanatório estava burlando as regras, dei alguns passos até os portões azuis, mas parei em seguida. Eu queria fazer aquilo mais que tudo no mundo, queria voltar a ensinar, queria voltar ver os meus colegas de trabalho e queria voltar para Miley, e eu sabia que, se eu atravessasse aqueles portões eu a encontraria.
 Sou acordada de meus pensamentos com um som, um sino para ser mais exata, vejo os portões abrindo e varias crianças e adolescentes saindo como se a escola estive pegando fogo. Olho para eles e sinto falta do tempo que eu ensinava essas crianças, todas animadas por ser quinta e ter apenas um dia de aula, e finalmente chegar o final de semana. Logo vejo que as crianças se foram e depois vejo os professores saindo, Sra. Cruz... Paul, o professor de química, baixinho e que usava um óculos fundo de garrafa, ele vivia olhando pra pernas da Miley... Alguns novos professores que eu nunca tinha visto na vida e finalmente... Lá estava ela, uma bolsa sobre um dos ombros, um vestido de alças, sapatilhas, um rabo de cavalo e um sorriso no rosto, parecia falar com alguém ao telefone. Meu coração parecia que iria saltar para fora, eu mal cabia em mim, estávamos só eu e ela ali, sem Logan ou qualquer outra pessoa.
- Miley! – chamo, mas ela não escuta – Miley! Miley!
 Dei alguns passos até ela, quando finalmente percebeu que estava sendo chamada, olhou-me e o seu belo sorriso desapareceu. Ela parecia surpresa, mas ao mesmo tempo aterrorizada, ela estava com os olhos arregalados, e eu não entendi muito bem, afinal estávamos nos reencontrando depois de cinco anos separadas.
- Miley! – corri ate ela, porem ela começou a da passos para trás – Miley! Sou eu!
 Será que ela não estava me reconhecendo? Acho que foi isso, estou bem diferente, perdi peso, envelheci um pouco.
- Miley eu estou tão feliz em ver você! Você não sabe o quanto eu esperei por esse momento! Eu te amo tanto! – digo sorridente, mas ela não me responde e aquilo parte meu coração, até que ela entra na escola correndo e eu paro de correr, sinto que vou chorar. Acho que fico naquela posição por muito tempo, porque vejo que tem uma mulher tocando meu ombro e perguntando se eu to bem. Começo a correr e sinto as gotas de chuva, coloco o capuz e começo a correr muito rápido. As gotas de chuva se misturam com as lagrimas que caem dos meus olhos. Não entendo o porquê da Miley não ter falado comigo, não entendo o porquê dela ter ficando com aquela expressão quando me viu. Não entendo por que tem esse mandato de segurança contra mim, o que eu fiz pra ela? Será que eu a machuquei? Não, não pode ser isso, eu nunca iria me perdoar.
 Imediatamente vejo que já corri o bastante e também vejo que estou na rua da clinica, eu precisava conversar com alguém e só existia uma pessoa que poderia me ouvir naquele momento.
 Assim que entrei na sala de espera, a mulher do balcão me olhou com os olhos arregalados.
- A Dra. Demetria se encontra? – pergunto um pouco ofegante, a mulher me encara e balança a cabeça lentamente. – Onde?
- Na sala dela – ela responde baixo como se estivesse com medo, dou um sorriso.
- Obrigada – digo e sigo para a sala da Demi, enquanto ando pelo o corredor, escuto a água pingando no chão, estou ensopada, tiro o saco que estou vestida e jogo no cesto de lixo que esta no corredor. Abro a porta e a vejo. Demetria esta com seu velho jaleco, porem esta usando óculos de grau, seu cabelo esta amarrado em um rabo de cavalo, ela esta lendo um livro, perto da grande janela que tem em seu consultório. Acho que passo muito tempo admirando-a, porque não estou sentindo meus lábios, acho que é por causa do ar condicionado.
- Sei que minha consulta é só amanha, mas eu não posso esperar até amanha – digo fazendo-a olhar-me, Demi me encara confusa.
- Meu Deus! Você esta bem? Parece... – ela diz indo ate mim e puxando-me para dentro.
- Só estou com frio – digo trincando os dentes, ela vai até sua mesa, pega o telefone, aperta um botão e logo fala.
- Edna, traga dois chocolates quentes e... E uma toalha, por favor – ela diz a pessoa no outro lado da linha, logo desliga e vai até a poltrona na minha frente.
- O que aconteceu? – ela pergunta olhando-me preocupada. Dou um suspiro e não consigo segurar as lagrimas.
- Eu... Eu fui ver ela, Demi – digo com a voz embargada, por uma fração de segundo, penso que Demi vai perguntar quem eu vi ou falar que eu posso ser pressa e blá blá blá, mas ela não fala nada por alguns segundos.
- Ah... Sua mãe comentou comigo – ela diz e eu a olho surpresa – Foi no jogo, disse que você e seu pai até discutiram...
- Sim, mas eu fui vê-la hoje, enquanto eu corria – digo e vejo que ela ficou surpresa, sua boca abre para falar algo, mas é interrompida com alguém batendo na porta.
- Só um minuto – ela diz e levanta-se indo até a porta, tento me recompor e logo a vejo na minha frente, oferecendo-me uma toalha e uma caneca branca.
- Pode tomar, é chocolate quente – ela diz com um sorriso amigável, retribuo e tomo um gole. Encosto-me na poltrona, jogando a cabeça para trás.
- Então? – ela pergunta, dou outro gole no chocolate.
- Eu estava correndo pensando na semana que foi maravilhosa e quando vejo já estou em frente à escola, o sinal tinha acabado de tocar, vi os alunos saindo, depois os professores e depois ela – digo dando um sorriso ao lembrar dela, mas logo ele desaparece – Eu a chamei e ela olhou-me aterrorizada. Você tinha que ver os olhos dela, parecia que tinha visto o diabo, a pior coisa do mundo... Eu queria tanto saber o que aconteceu pra ela... Saber o porquê dela ter me olhado daquele jeito.
  A sala fica em silencio e eu apenas escuto meus soluços e o barulho da chuva batendo contra o teto da clinica, coloco minhas mãos no rosto, odeio chorar na frente das pessoas, mas estava apenas eu e Demi ali.
- (SeuNome)... – ela diz baixinho, sinto ela pegar em minha mão, tirando-a do meu rosto, minha visão esta embaçada por conta das lagrimas – Sei que é angustiante pra você, porque se fosse comigo eu sentiria o mesmo, mas você precisa se controlar, não vou dizer pra você parar de procurar a sua namorada...
- Esposa – a corrijo, ela assente e continua.
- Não vou dizer isso porque vai ser em vão, mas peço que você tente se controlar, tente pensar antes de fazer isso, se o policial vê-la novamente por lá, ele vai ter que falar com o departamento e não vai sair coisa boa de lá – ela diz – Espere. Sei que vai ser difícil, mas faça isso, por sua mãe, por seu pai, por Miley.
 Eu a encarava, aquelas palavras... Demi não me mandou parar de procurar a Miley, ela apenas disse que era pra eu esperar. Esperar o tempo separadas acabar, para finalmente eu poder voltar com a Miley e ter meu final feliz.
 Não sei o que deu em mim, mas como disse anteriormente, aquelas palavras de Demi, foram confortadoras, coloquei a caneca com o chocolate quente numa mesinha ao lado da poltrona e a abracei. Acho que ela ficou meio sem reação no inicio, mas logo retribuiu meu abraço.
- Obrigada – digo ainda abraçada á ela, ela da algumas tapinhas em minhas costas.
- Não precisa – diz, separo o abraço e vejo que ela esta sorrindo. 
 Depois de um bom tempo em silencio, olhando para fora, vendo a chuva cair lá fora, decido quebrar o silencio.
- Nunca imaginei você sendo torcedora do Yankees – digo, escuto-a da uma risada.
- Minha mãe é de Kentucky, nasci aqui, mas meu pai é de New York, ou eu seria torcedora dos Yankees ou meu pai não me consideraria como filha  – ela diz entre sorrisos, dou mais um gole no meu chocolate.
- Obrigada por ter me escutado hoje – digo olhando-a, ela da um sorriso de lado e percebo que ela fica sem graça. – Hoje nem era o meu dia e você...
- Já disse que não precisa agradecer. – ela diz com um sorriso sincero no rosto, ficamos em silencio por longos minutos, até que vejo ela se remexer na poltrona, pegando seu celular logo em seguida. Parece ser um tipo de mensagem, porque ela parece esta lendo e sua cara não é nada boa.
- Aconteceu alguma coisa? – pergunto colocando a caneca na mesinha.
- Não é que... – ela fala, mas para na mesma hora, dou um sorriso de lado.
- Você precisa sair – afirmo, ela morde o lábio – Tudo bem, eu já estava indo, acho que mamãe esta preocupada.
- Uma amiga quer falar comigo, nada demais – ela diz, balanço a cabeça negativamente.
- Pode ir Demi – digo levantando-me – Mais uma vez obrigada.
- Não tem de que – ela responde, dou um sorriso e saio da sala, com uma ótima sensação. 

"O que acharam do capitulo? O proximo que eu prometo ser em breve, vamos ter revelações, para alguns pelo menos. Comentem e até o proximo capitulo" 

7 comentários:

  1. Verdade, o próximo promete uma das revelações que tanto aguardávamos =) finalmente. E finalmente tbm para o outro momento tão aguardado, o 'encontro'. Ansiosa por mais.

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  2. vc escreve mt bemm mas sla ta meio chato, pq tipo n acontece nada, agita as coisas hahah deixa eu beijar a demi logoo hahha

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  3. Concordo com o anony, a historia ta ficando meio ''lenta'', nada de emocionante acontece =(... Mas vc escreve muito bem, consigo imaginar os detalhes, td, parabens

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  4. Estou achando a historia incrivel, principalmente o fato de tudo não esta ocorrendo rapido demais. Eu estou tao acostumada com IL que apenas em dois ou tres capitulos as personagens juram amor eterno uma a outra. Enfim, é apenas minha opinião

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