Abri os olhos e voltei a
fechá-los. A luz do sol batia contra eles.
- Acorde (SeuNome) – ouvi. –
É um grande dia hoje.
Levantei da cama e espreguicei-me, hoje seria
sim um grande dia. Finalmente iria sair da clínica, sim clínica, odeio quem
fala sanatório.
- Vamos! Vamos! – Michele
voltou a falar. Michele era a enfermeira, ela era alta, seus cabelos pretos
amarados em um coque, a roupa branca, a pele bronzeada, Michele era realmente muito bonita.
- Calma! Isso tudo é pra se
ver livre de mim? – disse olhando-a.
- Mais é claro que não! Você
sabe o quanto eu vou sentir saudades. – ela disse olhando-me e sorrindo, mordi
o lábio. Michele tinha entre 34 á 35 anos, ela sempre foi muito atraente,
sempre me pegava olhando suas pernas, mas logo parava de olhar,
claro, sou uma mulher comprometida.
- Já arrumamos suas coisas,
trate de tomar banho – ela disse colocando a mão na cintura e olhando-me. – Sua
mãe daqui a pouco deve esta ai.
- Tudo bem, senhorita. –
disse levantando-me da cama e indo a direção ao banheiro.
Tomei um banho rápido, sai do banheiro e vi a
roupa sobre a cama, uma calça justa preta jeans, um suéter de listras, um
casaco e botas. Fui até a janela, afastei a cortina e realmente nevava. O natal
tinha passado, já estávamos na metade de janeiro, apresei-me em vestir a roupa,
daqui a pouco eu iria sair daquele lugar.
Andava em direção a saída da clinica, dei
adeus á Michele, alguns médicos e a Jonh um amigo que eu fiz na clinica. Senti
o vento gelado bater contra meu rosto, realmente era muito boa aquela sensação,
eu poderia sair correndo, me tacar no meio da neve e ninguém ia fazer nada,
afinal eu estava livre. Abri os olhos, sentindo um cheiro forte de rosas.
Mamãe.
- Você sabe que eu odeio
listras. – ela disse, Beatrice estava do mesmo jeito que venho me visitar, o
cabelo cortado acima do ombro, mamãe odiava cabelos longos, um casaco de couro, um suéter
branco e uma saia á cima dos joelhos.
- É bom ver você também,
mamãe. – disse sorrindo, ela deu um sorriso de lado, conhecendo minha mãe,
aquilo já era o bastante.
- Ta esperando o que para
entrar no carro, não gosto dessa clinica e muito menos dessas pessoas nos
olhando pela janela. – ela disse fazendo uma careta, peguei minhas malas e fui
em direção ao porta-malas do carro, era apenas duas malas muito pequenas por
sinal, coloquei-as lá e segui entrando no carro.
- Como está papai? –
perguntei, olhando a cidade passar rapidamente.
- Como sempre – ela disse
suspirando. – Sentando naquele sofá e assistindo a porcaria dos Yankess.
Nossa família morava em Louisville, Kentucky.
Porém papai era de New York, então era tradição torcer pelos Yankess.
- Não sei onde ele vai parar
só assistindo essa porcaria – dei um sorriso, mamãe odiava beisebol, ou melhor,
esportes.
- Pensei que ele estivesse
trabalhando. – disse.
- E você acha que se levanta
pra procurar emprego? – ela perguntou, lancei um olhar para ela, Beatrice não
tinha me falado sobre papai ter perdido o emprego.
- Ele não trabalhava como
encanador? – perguntei, ela lançou um olhar para mim.
- Não mais – ela disse,
olhei para frente. – Estamos juntando um dinheiro pra fazer um restaurante, já
falamos com o Nicholas.
Silencio. Durante esses oito meses que eu
passei no clínica , mamãe com certeza não me contava tudo o que acontecia em
casa, ela apenas me contava o básico, aquilo era perturbador.
- O que pensa em fazer? –
ela perguntou quebrando o silencio e mudando de assunto, típico da Beatrice.
- Refazer minha vida, voltar
a dá aulas e... – respirei fundo sorrindo. – Voltar com a Miley.
- Voltar com a Miley? Acho
que... – ela disse, lancei um olhar para ela, mamãe não era boa com segredos,
com certeza o que ela tinha que falar ia ser agora.
- Acha que o que?
- Você não pode ver a Miley.
– minha mãe falou.
- O que?! Como?! – disse alterada,
minha mãe lançou-me um olhar, respirei fundo e me controlei. – Por quê?
- Você ainda pergunta por
quê? – ela disse. Se for por conta daquilo... Será que é por conta daquilo?
Não, não pode ser.
- Eu não fiz nada. – disse,
ela balançou a cabeça negativamente. E assim encerrou o assunto, eu conhecia
muito bem a mamãe para saber que ela não queria continuar aquela conversa e eu
também não, então seguimos em silencio.
- Bem vinda! – ela disse
animadamente, eu estranhei, parece que oito meses poderia mudar pessoas. –
Agora pegue suas malas, estou cansada. – retiro o que disse. Fui até o
porta-malas, peguei minhas coisas e fui em direção a entrada, antes de adentrar
na casa eu a olhei.
A casa dos meus pais com certeza era uma das
mais bonitas e velhas da vizinhança, a casa era dos meus avôs, que eram dos
seus pais e você sabe o resto. As paredes amareladas, com um tom rústico, o
piso da entrada de madeira. Segui em direção a porta, rodei a maçaneta. Fechei
os olhos em senti o cheiro, aquele que passava cheiro de família, cheiro de...
Felicidade.
A porta dava para a pequena sala onde ficavam quadros
e porta-retratos, a primeira foto que vi foi da família, todas alinhadas de uma
só maneira como se ninguém pegasse á anos, isso era obra de papai.
- Querida! – ele gritou, o
que me fez vira e ir a sua direção. Como sempre sentando no sofá, com o seu
edredom dos Yankess sobre as pernas, os três controles – da TV, da TV a cabo e
do DVD – aliados em uma só direção, ou seja, apontados para TV e o seu velho pano
azul na mão.
- Papai! – disse sorrindo e
largando as coisas no chão para abraçá-lo, com certeza ele nem ia perceber.
- Pensei que não iam chegar.
– ele disse separando o abraço e olhando-me. – Você cresceu tanto.
- Só foi oito meses – disse
sorrindo, ele e minha mãe se entreolharam.
- Lewis, deixe nossa filha
subir e guardar as coisas dela no quarto. – mamãe disse passando para cozinha –
Depois você desce e termina de adorar seu pai.
- Isso querida, vá guardar
as coisas e desça para conversávamos. – ele disse olhando-me, inclinei-me e deu
um beijo em sua testa. Peguei as coisas do chão e subi as escadas, o ouvi
xingar alguma coisa, com certeza era sobre o jogo.
Abri a porta e deparei-me com meu antigo
quarto, as paredes com o tom de azul, uma cama bem arrumada, um guarda-roupa e
uma velha escrivaninha do lado. Coloquei minhas coisas no chão e joguei-me na
cama. Fechei os olhos e apreciei tudo aquilo.
Era uma nova vida a partir de agora.
PERFEITOO, POSTA MAIS PLZ
ResponderExcluirIntereçante.... muito naneiro posta mais pfpf
ResponderExcluirProximo haha
ResponderExcluirPosta maaaais ~biquinho~
ResponderExcluirEu adoreii =) ~~ansiosa~~
ResponderExcluirPreciso de mais. Por Favor Maiis *-*
ResponderExcluirKd vc???
ResponderExcluirSei que é chato,mas poderia dihulgar pfvr amr? ::: http://criminalandhotdemilovato.blogspot.com.br/?m=1
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