13 de mai. de 2015

7.

"She had a world of chances, chances you were burning through..." - World of Chances.
Ano de 2014.
 A casa estava extremamente silenciosa. Havia passado algumas horas desde que voltei do hospital. Agora Dianna e Eddie estavam lá, assim como Selena e Dallas. Miley e Nick haviam saído, assim como eu. Nunca me senti tão sozinha ali dentro, sem a voz de Demi, sentia falta do som de suas risadas e até mesmo dos seus gritos, eu sentia falta dela. Tomei coragem e levantei-me, seguindo em direção as escadas. Eu não tinha animação para nada, nem para sair ou para trabalhar. Queria apenas que Demi saísse daquele hospital logo. 
 Assim que tirei o casaco, joguei em cima da cama e vi que algo havia caído dele, era um cartão, abaixei-me e vi. Era um endereço e logo abaixo havia escrito de quem se tratava, Louis. Sorri em ver que poderia desabafar com alguém, Louis já foi meu amigo e algo me dizia que ele queria voltar a ser novamente. Tomei um banho rápido e vesti a primeira roupa que vi, peguei uma bolsa e as chaves do carro. 
 Enquanto dirigia até o tal endereço, mal conseguia respirar, nesses últimos dias ia do hospital para casa e de casa para o hospital, estava contente em finalmente sair daquela rotina. Estacionei o carro em frente a um apartamento que há muito tempo não via uma reforma, olhei pela redondeza e todos pareciam do mesmo jeito, respirei fundo e subi as escadas, toquei o interfone e demorou alguns minutos até finalmente atender.
- Pois não – ouvi a voz com um pouco de dificuldade.
- O Louis se encontra? – perguntei.
- Que Louis? – a voz voltou a perguntar.
- Louis... – tentei lembrar do sobrenome – Louis Tomlinson.
- E quem deseja falar com ele? 
- (SeuNome) Forman – respondi.
- (SeuNome)! Meu Deus! É você, pode entrar – era a mesma voz e parecia animada – Apartamento quatro. 
 Abri a porta e senti um cheiro de mofo penetrar em minhas narinas, o lugar estava deserto, havia algumas portas e logo a frente havia uma enorme escada. Respirei fundo e comecei a subir as escadas, logo cheguei ao andar de cima, olhei as portas e vi um quarto enorme e prata. Andei até lá e rapidamente bati na porta, logo ouvi o som de trancas e rapidamente vi um Louis sem camisa atender a porta.
- Você veio – ele disse sorrindo – Entra. 
 O apartamento era bem arrumado, um balcão separava a sala da cozinha, havia um sofá bege, uma mesinha de centro onde havia varias revistas, uma televisão e uma porta que deduzi ser o quarto de Louis. Sorri em lembrar do apartamento que morava quando vim para New York.
- Desculpe a bagunça – ele disse enquanto sentava-me no sofá – Sei que você já entrou em casas melhores...
- É perfeito, Louis – disse sorrindo, ele deu um sorriso tímido. – Me faz lembrar do meu antigo apartamento.
- Quer beber alguma coisa? Café? Chá? Cerveja? – ele perguntou.
- Uma cerveja – respondi e o vi ficar surpreso, porém logo assentiu e seguiu em direção a cozinha. 
- Então, como está? – pude ouvi-lo da cozinha.
- Do mesmo jeito desde a ultima vez que nos encontramos – respondi com um suspiro, logo Louis voltou trazendo duas cervejas e sentando-se ao meu lado.
- Eu sinto muito pelo o que aconteceu com sua esposa – ele disse abrindo a garrafa e bebendo um pouco – Andei pesquisando sobre você.
- Obrigada – respondi fazendo o mesmo com minha cerveja.
- Como ela está? – Louis perguntou.
- Com quarenta por cento de chances de sobreviver – respondi e ficamos em silencio, um silencio agradável. 
- Suponho que queira conversar – ele disse depois de algum tempo, tomei outro gole e assenti. – Sou todos ouvidos. 
 Contei tudo a ele. Contei sobre o acidente, sobre o motivo do acidente, também contei sobre minha vida com Demi. Sem deixar nada escapar e quanto mais eu contava, repassava a historia em minha cabeça e pensava em como a nossa historia se desfez tão rapidamente. Éramos amigas, sempre fomos e logo depois nos tornamos namoradas, amantes. Porém quando pensamos em oficializar, nosso relacionamento caiu. Os dois primeiros anos eram perfeitos, mas logo veio minhas horas extras no escritório, ajudando meu pai a administrar os hotéis pelo país. Acabava chegando tarde em casa e Demi pensando que eu estava traindo-a, até finalmente trair verdadeiramente. 
- Nossa! – Louis disse por fim.
- Você me odeia agora, não é? Como os outros – disse encarando-o, Louis mordeu o lábio e balançou a cabeça negativamente.
- Não odeio você, (SeuNome) – ele disse – Mas também não posso dizer que o que fez com Demi foi certo.
- Eu sei disso, Louis – disse assentindo – Eu fui uma péssima parceira para ela, eu...
- Mas você não era assim, certo? – ele perguntou – Você já a amou?
- Muito – respondi – Mais que minha própria vida.
- E você ainda a ama?
- Claro que sim, Louis.
- Desse jeito? Mais que sua própria vida? – Louis perguntou, mordi o lábio, eu nunca deixei de amar Demi, mesmo com todas brigas... 
- Sinceramente? Eu não sei responder – disse e Louis assentiu.
- Eu não sou muito bom de relacionamentos, estou com a mesma pessoa há anos, mesmo assim vou lhe da um conselho – ele disse – Não sei muito bem a historia completa de vocês duas, porém pelo o que você me contou, vi que não só seu casamento, mas também a amizade que vocês tinham se desgastou com o tempo.
- E você acha que meu relacionamento com ela pode voltar como era antes?
- Talvez – ele disse – Mas só depende que você queira isso, e você quer (SeuNome)? Você quer voltar a ter um verdadeiro relacionamento com Demi?

2 comentários:

  1. Cara... Quanta saudades, sem palavras pra descrever a emoção aqui, torcendo para que tenha voltado e pra ficar de vez novamente

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  2. O cap está perfeito, como imagino muito.Eu imaginei o final desse jeito. (Seu nome) em uma tentativa desesperada de salvar a Demi, se voluntaria em um procedimento arriscado para salvar a Demi (não sei se já viu ao vídeo "Um pai diferente, o final é desse jeito). Mas a (Seu nome) não aguenta e a Demi sobrevive, mas a (Seu nome) deixa um bilhete pra Demi se despedindo e pedindo desculpas a Demi e ao saber da notícia, ela chora muito, mas perdoa e agradace a (Seu nome). Enfim, está PERFEITO <3

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