2x08 - Clinics and Mothers.

- Hoje não vou voltar com você pra casa. - disse assim que saiamos do carro e indo em direção a escola.
- Porque? - ele perguntou colocando a mochila sobre os ombros. 
- Eu e minha mãe vamos ao... Vamos sair. - disse.
- Pra onde? - ele perguntou.
- Você sabe... Coisas de mulheres... - comecei a dizer, mas ele interrompeu-me. 
- Tudo bem, tudo bem. - ele disse sorrindo, mas sua expressão mudou ficando serio, ele encarou-me. - Ainda tenho que me acostumar com seus novos amigos. 
- O que? - perguntei confusa, segui seu olhar e lá estava Jennel, mexendo em seu armário como se nem percebesse minha presença ali.
- Realmente eu não sei qual o seu problema com ela. - disse cruzando os braços.
- Apenas não gosto dela. - ele disse.
- Apenas? Sabe, to começando a pensar que todo esse "ódio" que você sente da Jennel, é amor. - disse, ele arregalou os olhos.
- O que?! Não! Nunca! - ele disse. - Quer saber, tenho que ir para sala, tchau.
- Tchau. - ele inclinou-se e deu um beijo em minha testa e saiu, sorri balançando a cabeça negativamente. 
- DR, logo cedo? - ouvi alguém ao meu lado, já reconhecia aquela voz, Jennel.
- Não, apenas... Colocando os assuntos em dia. - disse olhando-a. - Queria mesmo falar com você, queria me desculpar por ontem, acho que eu não tinha que me meter no treino de vocês. 
- Ah isso. - ela disse sorrindo. - Treinadora ficou irada!
- Eu sinto muito. - disse.
- Tudo bem, ela seguiu seu conselho e conseguimos fazer uma piramide descente. - ela disse sorrindo.
- De nada. - disse sorrindo.
- Fico impressionada como você é modesta. - ela disse sorrindo também. 
- É uma das minhas varias qualidades. 
- Então, depois da aula vamos para o Barney, topa? - ela perguntou. 
- Ah não vai dá. Depois da escola vou... - comecei a falar, mas parei de repente, Jennel não sabia que eu estava... Gravida.
- Pra onde? - ela perguntou, fazendo-me acordar.
- Ah...? Vou sair com a minha mãe. - disse.
- Tudo bem. - ela disse assentindo, logo o sinal bateu. - Então, nos vemos por ai. 
- Claro. - disse, ela sorriu e saiu. 
 Entrei na sala e tentei prestar atenção na aula, mas minha cabeça simplesmente não deixava, em algumas horas, eu iria está em uma clinica com minha mãe, eu estava surtando. Não sabia o que iriamos fazer lá, acho que era algo sobre a criança, era estranho pensar desse modo, ter uma criança dentro de mim... 

...

Sai da escola, Logan tinha ficado para alguma coisa que eu não escutei, passei os olhos pela entrada da escola e logo vi um carro, o carro da minha mãe, vi o vidro abaixar e lá estava ela, sorrindo e acenando. Corri em sua direção.

- Filha! - ela disse sorrindo, fui até o outro lado do carro e entrei no banco carona. 

- Mãe! - disse abraçando-a, contive as lagrimas para não desmoronar ali mesmo.

- Pronta? - ela perguntou separando o abraço e ligando o carro.

- Seja o que Deus quiser. - disse colocando o cinto e seguimos. O caminho foi silencioso, desconfortável, notei que eu e minha mãe, não tínhamos assunto. 
- Você tá bem? - minha mãe perguntou.
- Errr... - não queria mentir, eu não estava bem ultimamente.
- Tudo bem... - ela disse. - É (SeuNome), né?
- O... O que? - estremeci só de ouvir o nome dela. - O que tem ela? 
- Vocês duas... Juntas. - ela disse, arregalei os olhos.
- Como... Como você...? - estava abismada.
- Eu via o jeito que ela olhava pra você e blablablá. - ela sorriu, abaixei a cabeça e sorri de lado. 
- Eu... - não tinha o que falar, era estranho falar dela para minha mãe.
- Olha, não precisa falar, se não quiser, eu vou entender. - ela disse, olhei para e sorri. - Mas então, você ainda toca? 
- Ah... Não mais. - disse engolindo o seco.
- Você devia. - ela disse. - Sabe, eu nunca te contei, mas quando você tinha uns três, quatro anos, você vivia dizendo que queria ser cantora.
- Serio? - perguntei.
- Pode acreditar, mas depois você ficou tão empolgada de ser líder de torcida, que acabou esquecendo. - ele disse, abaixei a cabeça, ficamos em silencio. Chegamos até a clinica, era pequena, minha mãe entrou primeiro e eu á segui, fomos até a sala de espera, logo vi uma garota, ela tinha minha idade - eu acho -, ela estava com a barriga grande, acho que estava com uns seis, sete mês. Sentei-me no sofá e minha foi até o balcão de informações. 
- Quantos meses? - a garota perguntou com um sorriso simpático no rosto. 
- Err... 
- Srta. Foster? - ouvi uma enfermeira perguntar, virei meu rosto e logo a vi, ao lado da minha mãe. 
- Sim? - disse levantando-me.
- Vamos. - ela disse, olhei para minha mãe.
- Fique calma, querida, eu estou aqui. - ela disse com um sorriso encorajador, assenti e segui a enfermeira. Seguíamos para a sala do medico, isso o que eu ouvi, não demorou muito até chegar, lá. 
- Dr. Ian? Aqui está a sua paciente. - a enfermeira disse assim que abriu a porta.
- Ah, tudo bem, entrem e sentem-se.- ele pediu apontando para as duas cadeiras á sua frente. 
- Claro. - minha mãe disse, ela sentou e logo eu fiz o mesmo. 
- Então, eu preciso que Demetria deite-se naquela maca. - ele disse, apontando para a maca, engoli o seco e olhei para minha mãe.
- Eu estou aqui, filha. - ela disse pegando em minha mão, assenti e fui até a maca, logo vi o medico seguir-me. 

...

Minha mãe parou o carro na frente de casa, despavilei o cinto e á olhei.

- Muito obrigado, mãe. - disse abraçando-a.

- Você não precisa agradecer, eu sou sua mãe. - ela falou com a voz embargada. 

- Mesmo assim, eu... Eu... - comecei a dizer, mas não consegui.

- Demi, eu sempre vou está aqui, não precisa agradecer, certo? - ela disse separando o abraço.

- Eu amo você. - disse com um sorriso de lado.

- Eu também amo você, filha. - ela inclinou-se e deu um beijo na minha testa. - Tchau.

- Tchau. - disse abrindo a porta do carro, sai e acenei, ela acenou de volta e escutei o carro roncar. Peguei a chave na minha bolsa e abri a porta.

- Logan? - perguntei, abrindo a porta.

- Ai está você! - ele disse, levantado-se do sofá. - Então, como foi? 

- Foi... - sentei-me ao seu lado, olhei em seus olhos e estavam brilhando. - É uma garotinha...